terça-feira, 15 de novembro de 2011

POST 1031: OBSERVAÇÃO. Por Darlei Simioni

A observação é o instrumento básico de coleta de dados em todas as ciências, sendo importante para a construção de qualquer conhecimento.
Segundo Lakatos e Marconi (2002, p.87), na observação direta intensiva temos a observação e a entrevista.
As modalidades de observação que são empregadas na investigação científica são a observação assistemática, a observação sistemática, a participante, a não-participante, a individual, em equipe, na vida real e em laboratório, que variam de acordo com as circunstâncias.
A observação assistemática ou não estruturada, denominada também como espontânea, informal, simples, ocasional e acidental pelo fato de que o conhecimento ser obtido através de uma experiência casual, sem que se tenha determinado de antemão quais os aspectos relevantes a serem observados e que meios utilizar para observa-los. Para Gresseler (2003, p. 174), a observação assistemática é realizada como estágio inicial para estudos de casos ou como prévio levantamento de fatos, ocorrências e objetos que aparecem num contexto natural, não preparado pelo observador, mas selecionado previamente, embora não forneça dados definidos, é de grande utilidade para levantamento de hipóteses para posteriores pesquisas.
A observação sistemática designada também como estruturada, planejada controlada, o observador sabe o que procura e o que necessita de importância em determinada situação. Para Marconi e Lakatos (2003, p. 193) e Thums (2003, p. 155), neste tipo de observação há um planejamento de ações, sendo uma observação direcionada, ao inverso da assistemática. Quadros, anotações, escalas, dispositivos mecânicos são alguns dos instrumentos que podem ser utilizados nessa observação.
A observação participante consiste na participação real e ativa do pesquisador como membro do grupo, trabalha junto com o grupo e participa das atividades normais deste.
Já na não participante, o pesquisador toma contato com a comunidade, grupo ou realidade estudada, mas sem integrar-se a ela, permanecendo fora, presencia o fato, mas não participa dele.
A observação individual é a modalidade que requer a presença de apenas um pesquisador, a observação em equipe possibilita que o grupo observe a ocorrência por vários ângulos e surge a oportunidade de confrontar os dados coletados. As realizadas em equipes são mais ricas em detalhes e chegam mais perto da realidade, devendo todas serem tratadas estatisticamente para que se possa avaliar a validade.

A observação pode ser realizada na vida real, no próprio local onde o evento ocorre, em um ambiente normal e cotidiano, registrando-se os dados à medida que forem ocorrendo, ou em laboratório, que requer condições especiais, geralmente exige organização cuidadosa e controlada, o uso de equipamentos adequados possibilita observações mais rigorosas.
Para a observação pode ser utilizada a entrevista, que consiste em uma conversação com o propósito de obter informações para uma investigação, envolvendo duas ou mais pessoas, onde a informação é obtida de forma direta através do diálogo.
A entrevista pode ser padronizada ou estruturada, que é aquela em que o entrevistador segue um roteiro previamente estabelecido, as perguntas feitas ao indivíduo são predeterminadas, despadronizada ou não estruturada, onde o entrevistado tem liberdade para desenvolver cada situação em qualquer direção que considere adequada, é a forma de poder explorar mais amplamente uma questão e painel que consiste na repetição de perguntas, de tempo em tempo, às mesmas pessoas, a fim de estudar a evolução das opiniões em períodos curtos.
Segundo Lakatos e Marconi (1992, p.107), as técnicas de observação são tudo de que se serve uma ciência, mas devemos saber usá-las na obtenção de um propósito.
Na observação direta extensiva, as informações são obtidas através das técnicas de questionário, formulários, medidas de opinião e atitudes, testes, sociometria, análise de conteúdo, história de vida ou pesquisa de mercado.
Segundo Lakatos e Marconi (2003, p.201), o questionário é um instrumento de coleta de dados, feitos através de uma série ordenada de perguntas por escrito sem a presença do pesquisador.
Para Lakatos e Marconi (2003, p.212), formulário é um dos instrumentos essenciais para a investigação social onde o processo de coleta de dados consiste em obter informações diretamente do entrevistado, perguntas escritas pelo entrevistador com respostas do entrevistado.
Lakatos e Marconi (1992, p.107), definem as medidas de opinião e atitudes como instrumentos padronizados que tem a finalidade de verificar as diferenças de opinião e atitudes e compará-las.
Os testes têm a finalidade de obter e avaliar dados com o propósito de medir rendimento, freqüência, a competência, capacidade ou conduta de indivíduos de forma quantitativa. Existem vários tipos de testes, com aplicações diversas, de acordo com os objetivos propostos.
Conforme Lakatos e Marconi (2002, p.126), a sociometria é uma técnica quantitativa que procura explicar relações pessoais entre indivíduos de um mesmo grupo. Revela a estrutura interna dos grupos, indicando as posições de cada indivíduo em relação aos demais. Permite analisar os grupos, identificar seus líderes, os subgrupos e os desajustados, tem sido utilizada nos mais diversos campos de estudos.
Lakatos e Marconi (2002, p.135), definem história de vida como as experiências de alguém, suas vivências, que tenham significado importante para o conhecimento do objeto em estudo.
A pesquisa de mercado é um instrumento importante, em face não só do crescimento e da complexidade das atividades comerciais, mas também do emprego cada vez mais freqüente, da abordagem de marketing na direção dos negócios, assim arrecadamos informações sobre o mercado com a finalidade de auxiliar na tomada de decisões, reduzindo erros.

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FONTES & REFERÊNCIAS:
1   THUMS, Jorge. Acesso a Realidade. 3ª ed. Editora Ulbra, 2003.
2   LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do trabalho científico. 4ª ed. São Paulo: Editora Atlas S.A., 1992.
3   LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos da Metodologia científica. 5ª ed. São Paulo: Editora Atlas S.A., 2003.
4   LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do trabalho científico. 6ª ed. São Paulo: Editora Atlas S.A., 2001.
5   LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, Marina de Andrade. Técnicas de Pesquisa. 5ª ed. São Paulo: Editora Atlas S.A., 2002.
6   GRESSLER, Lori Alice. Introdução à pesquisa. São Paulo, Editora Loyola, 2003.


Darlei Simioni
Bacharel em Administração de Empresas com Ênfase em Marketing & Gestão de Negócios.
Consultor de Empresas, Palestrante & Empresário.
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